Quando fiz a exposição "capturas, transplantes e transmutações" (este foi o nome inicial, daí veio, "transplantes", que foi o nome do convite), Luiz Henrique escreveu um texto muito interessante sobre o meu trabalho, que foi:
"O querer falar, a necessidade do falar, expressão.
Somos todos consequência de tudo isso, com ou na ausência da atitude que escolhemos no dia-a-dia. Não é fácil termos a lucidez necessária para se fazer entender, em cada momento, nos diversos meios, as infinitas ferramentas que usamos, tudo, as vezes nos parece inutil na tentativa de atingir o outro, se fazer entender.
Nas artes plásticas, o fazedor deste objeto, tenta atravez da sua estética encontrar o receptor, não só ele, mas principalmente um decodificador dos signos empregados no produto do seu fazer artístico.
Converso e observo as obras do artista, Adauto Venturi, e sinto um pouto da angústia na sua procura por este ser que nos conforta, o receptor que dialoga conosco.
Verifico nos materiais usados, fragmentos de arquitetura do que se foi, imagens de animais, ainda não extintos, nada de pessimismo, apenas uma observação de uma época. Vejo em forma de "f" o desenho que alguns instrumentos de corda tem e por onde sai o som, silêncio.
Esta mostra nos diz muitas coisas, algumas, talvez não gostaríamos de ouvir, mas está dito. A escolha é sua, mas é bom lembrar que voce também precisa do diálogo.
Boa conversa."
E eu escrevi:
"O trabalho desta arte consiste na expressividade e na transformação de materiais com a ajuda da natureza, das idéias e fórmulas concebendo assim toda e qualquer transmutação, tanto material, espiritual e da alma, para se chegar a Grande Obra."
Citações do passado que sempre vivo.
Claro que irei sempre te acompanhar. O seu talento e o seu trabalho são ímpar para minha vida. Sucesso sempre meu irmão. Super beijo e realizações 1000!
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