Delírios, delírios,
Miscelânea conceitual,
Desarranjo cultural,
Estruturas e desestruturas artísticas...
Transformar em um novo sentir trabalhos vindos das observações sobre formas de sociabilidade desenvolvida na vida contempôranea.
Através do fio da memória, a mente desenrola o novelo, não para ressusitar um passado, mas em tecer e tornar a tecer uma rede de imagens, traduzir em uma outra rede. Sendo desencadeado através dos pensamentos e lembranças. Um desarranjo cultural, conceitual e social, como se fazia nos idos tempos da "A velha a fiar" sempre a tecer e no desenrolar do novelo, dava uma nova narrativa, surgindo rastros e ficções elaboradas com aquilo que não é mais; uma presença feita de ausências. O instante de resgates se torna muito importante, pois interrogamos o passado de acordo com as necessidades e anseios atuais.
Em nossas lembranças, nenhum aspecto do passado é recuperado na sua forma original, mas transformado, porque o agora é acrescentado ao passado e o modifica.
Um grande cenário em constante mutação.
Num estado de criação, colocamos a mente em ebulição e a origem das coisas é re(inaugurada).
Através da alquimia e da transmutação, da imaginação e da técnica,
da metáfora e da metamosfose, das idéias e das ações,
dos delírios e dos desarranjos culturais...
Fazer parte de um sistema que é transformado por nós, mas que também se modifica por si mesmo, transmutando o tempo todo, momento a momento, a matéria já existente, e que já não é mais a mesma. A cada espectador ela se transforma em uma nova percepção, em novas idéias que surpreendem.